O bullying já é um assunto popular que tem sido discutido com mais afinco na última década, principalmente nas escolas. Porém, com o crescimento de usuários na internet, o bullying realizado de forma online, chamado de cyberbullying, se tornou uma realidade que preocupa tanto quanto a prática que acontece pessoalmente.

O cyberbullying costuma ocorrer principalmente por meio das redes sociais, aplicativos de mensagens e jogos online. Segundo o UNICEF, trata-se de um comportamento repetido, com intuito de assustar, enfurecer ou envergonhar aqueles que são vítimas. Infelizmente, é comum que o bullying presencial e o virtual aconteçam mutuamente.

O assunto é uma constante preocupação para os pais e responsáveis de jovens que estão expostos diariamente a esse tipo de assédio na internet. Pensando nisso, selecionamos as principais informações sobre o cyberbullying para ficar de olho em casa.

Como identificar uma vítima de cyberbullying?

Há alguns comportamentos comuns em casos de bullying virtual que podem indicar que algo está errado. Preste atenção se a criança ou o adolescente aparenta estar mais triste, constrangido, raivoso, envergonhado ou sem interesse pelas coisas que costuma gostar. Somado aos sinais emocionais, sintomas físicos também podem aparecer, como cansaço constante ou perda do sono, dor de barriga e dor de cabeça.

Também é importante estar atento(a) a o que o jovem está fazendo no celular, tablet ou computador. É claro que isso precisa ser feito a partir de uma relação de confiança, principalmente quando falamos de adolescentes, para que não se torne algo invasivo e não se crie uma barreira. No caso dos pequenos, já indicamos por aqui 5 ferramentas para monitorar o acesso das crianças à internet que podem ajudar.

O que fazer quando identificar o cyberbullying?

A primeira ação é não julgar a vítima: não questione o porquê dela não ter contado, não a chame de fraca ou de qualquer outra coisa que a faça sentir-se culpada. Tendo consciência disso, converse com ela para entender melhor o que está acontecendo, quem está fazendo isso, mostre que quer ajudá-la, explique o motivo disso ser errado e por que uma medida precisa ser tomada.

É importante coletar possíveis evidências sobre o assédio, como tirar print de mensagens e outras formas de agressão. Denunciar é o melhor caminho para que o cyberbullying acabe, e as provas ajudam a reforçar o ocorrido. Caso o bullying esteja acontecendo em uma rede social, bloqueie o agressor e denuncie formalmente o comportamento na própria plataforma. As empresas de mídias sociais são obrigadas a manter seus usuários seguros.

Se os ataques forem feitos por alunos da mesma escola que a criança ou adolescente, leve o caso para o diretor para que as devidas providências sejam tomadas. No caso de ameaças que demonstrem um perigo iminente, procure uma autoridade policial.

Como prevenir o cyberbullying?

Ao contrário do que muitos pais pensam, a resposta não está em proibir que seus filhos utilizem a internet, pois, em algum momento, eles terão acesso à ela. Por isso, a melhor saída é educá-los quanto a isso. Separamos algumas dicas que podem ajudar nas orientações: 

- Ensine que login e senha não devem ser compartilhados, mesmo que com amigos de confiança. Quanto mais gente tem acesso, mais chances de divulgarem informações privadas;

- Oriente a nunca postar detalhes pessoais, como número de telefone, endereço ou nome da escola;

- Os aplicativos de redes sociais possuem configurações de privacidade, onde é possível realizar ações como escolher quem pode ver o perfil, enviar mensagens ou comentar nas publicações, além de denunciar ou bloquear usuários. Ensine esse tipo de informação;

- Cuidado com as amizades virtuais! Explique que há muitas pessoas má intencionadas na internet e que não se pode confiar em todo mundo. Crie uma relação de confiança com o jovem para que ele possa te contar caso conheça alguém online.

• por Delta Internet